25 ago 2019
•Homenagem
Pinduca acompanhando o Aberto do Brasil de 2012, no São Fernando GC. Foto: Ricardo Fonseca/F2 Comunicação
por | Ricardo Fonseca
Menos de um mês depois da morte de seu irmão mais velho, Mario Gonzalez Filho, o golfe brasileiro despede-se também de José Maria Gonzalez Filho, o Pinduca, outro profissional com inestimáveis serviços prestados ao golfe brasileiro. Pinduca descansou na madrugada deste domingo, 25 de agosto de 2019, após sofrer de um câncer terminal na bexiga.
Pinduca deixa três filhos: Rafa Gonzalez, profissional, Roberto Gonzalez, que seguiu os passos do pai como golfista amador e Angelica. O velório está sendo realizado desde cedo no Cemitério Santo Amaro, na Rua Ministro Roberto Cardoso Alves, 186, em Santo Amaro, São Paulo (SP). O enterro será às 16 horas deste domingo diretoria da Federação Paulista de Golfe (FPG) se solidariza com familiares e amigos nesse momento de dor.
Carreira – Pinduca viveu o auge de seu golfe nos anos 50 e 60, primeiro como amador, depois como profissional. Ele foi tetracampeão do Amador do Brasil, de 1953 a 1956, ganhando, títulos alternados no Gávea Golf & Country Club, no Rio de Janeiro, em 1953 e 1955, e no São Paulo Golf Club, na capital paulista, em 1954 e 1956.
Como profissional, Pinduca tornou-se um dos cinco brasileiros em toda a história a passar o corte em majors, e por duas vezes. Na primeira, no Masters de 1956, no Augusta National, onde terminou em 44º lugar, com 301 (75-74-73-79), à frente de seu irmão mais famoso, Mário, que ficou em 45º, com 302 (73-76-77-76). Pinduca passaria o corte ainda no The (British) Open Championship de 1960, no Old Course de St. Andrews, na Escócia, onde ficou em 40º lugar, com 297 (72 -74 -75-76) tacadas.
Importância – Ou seja, Pinduca passou o corte em majors nos dois campos de golfe mais icônicos do mundo, Augusta National e Old Couse, sendo o único brasileiro a realizar esse feito. Além de Pinduca e Mario, também passaram o corte em majors Ricardo Rossi, argentino que adotou a cidadania brasileira, Jaime Gonzalez, sobrinho de Pinduca, filho de Mário, e Alexandre Rocha, único a conseguir isso no US Open, no Congressional, em 2011.
Pinduca foi fundador e depois presidente da Associação Brasileira de Profissional de Golfe, depois PGA do Brasil. O primeiro presidente da entidade foi Gastão de Almeida e Silva, que permaneceu no comando de 1970 a 1975. José Maria Gonzalez Filho o substituiu, em 1976, ficando no caro até 1982, e depois voltou a presidir a entidade de 1985 a 1988.
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